segunda-feira, 7 de março de 2011

Portugal empata e falha objetivo na Algarve Cup

Apesar de ter sido "claramente a melhor equipa do grupo C", nas palavras da selecionadora Mónica Jorge, Portugal ficou-se pelo 2.º lugar, atrás do País de Gales, equipa à qual - ironia das ironias - tinha ganho por 3-1.

Assim sendo, a seleção não irá disputar o jogo de 7.º e 8.º lugares, ou seja, não conseguirá obter a melhor classificação de sempre no torneio, objetivo ambicioso que tinha sido definido pelo grupo no início dos jogos. Por ter ficado em 2.º do grupo, Portugal disputará agora o 9.º e 10.º lugares, na quarta-feira, com a Finlândia, seleção que foi o pior 4.º classificado dos grupos A e B.

A Roménia era, teoricamente, o adversário mais forte de Portugal no grupo C (37.º no ranking FIFA, Portugal é 39.º) e isso ficou bem patente no relvado, onde as romenas criaram várias dificuldades às portuguesas. Especialmente através da número 18, Cosmina Dusa, ponta-de-lança que recebia, invariavelmente, os passes longos das companheiras e criava perigo na baliza de Neide Simões.

Foi, contudo, Portugal, a criar a primeira ocasião flagrante de golo, à meia hora de jogo. A linha defensiva romena jogava extremamente avançada no terreno, pelo que Ana Cristina Leite conseguiu isolar-se na cara da guardiã romena e ter tempo para tudo, mas deixou que Mirela Ganea impedisse o golo.

No entanto, não demorou muito para que o aviso se concretizasse. Depois de uma subida fulgurante pela esquerda, a lateral Sónia Matias fez um cruzamento perfeito para a área romena e a capitã Edite Fernandes dominou a bola, fintou a defesa e marcou o primeiro golo da noite

Com o golo mesmo antes do intervalo, a equipa portuguesa saiu naturalmente motivada, mas a Roménia entrou na segunda parte logo a assustar Neide Simões, com remates de meia distância.

Entretanto, a seleção lusa baixou o rendimento e as romenas começaram a controlar o meio-campo. Mónica Jorge retirou a avançada Carolina Mendes e colocou a média Claúdia Neto - e retirou Mélissa Antunes, média mais criativa, para colocar Inês Borges, defesa que foi adaptada a trinco (a selecionadora explicaria mais tarde, na conferência de imprensa, que a entrada de Inês Borges serviu para marcar a jogadora número 10, Andreea Laiu).

Contudo, numa bola perdida à entrada da área portuguesa, aos 83 minutos, Stefania Vatafu rematou certeiro para o fundo das redes - sem dar hipótese a Neide Simões.

Balde de água fria nas aspirações portuguesas, uma vez que o País de Gales estava a vencer o Chile (2-1) e ficava, assim, em 1.º lugar do grupo C, ficando Portugal em 2.º lugar.

A rapidez de Ana Borges, que entretanto tinha substituído Ana Cristina Leite, ainda criou mossa na defensiva romena - causando a expulsão de uma defesa -, mas o remate perigoso da jogadora do Zaragoza saiu a rasar o poste.

No final, Mónica Jorge estava naturalmente desagradada com o resultado. "Estou frustada porque fomos a melhor equipa em campo e fomos claramente a melhor equipa do grupo C. Ainda por cima ficar acima de nós a equipa à qual ganhámos...", disse.

No entanto, nem tudo foi mau, explicou a selecionadora. "Não ganhámos o 1.º lugar, mas ganhámos um equipa, ganhámos um grupo. E o mais importante é que não tivemos qualquer derrota, o que é sempre positivo."

Segue-se a Finlândia, com quem Portugal já jogou em 2009, no jogo de atribuição do 7.º e 8.º lugares, e perdeu por 4-2, nos penáltis, após o 1-1 nos 90 minutos. "Temos contas a ajustar com a Finlândia", avisou Mónica Jorge, que se mostrou confiante para o jogo de quarta-feira, às 11h, em Loulé: "acho que a partir de hoje tenho uma equipa muito mais forte, sem dúvida."

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